
O Mercado de Luxo apresenta a Marca de Bolsas Vivienne Westwood: O Punk Revolucionário que Conquistou as Passarelas com Rebeldia e Originalidade
Vivienne Westwood teve seu começo na fervilhante Londres do fim dos anos 1960, quando a jovem Vivienne, ao lado do parceiro Malcolm McLaren, se envolveu na cena underground britânica, misturando a cultura rock e o experimental. O verdadeiro salto veio em 1971, quando abriram a boutique “Let It Rock” na King’s Road, posteriormente renomeada para “Sex” – focada em roupas provocativas que dialogavam com o movimento punk nascente. Já nos anos 1970, Vivienne se tornou responsável pela estética de bandas como os Sex Pistols, costurando a imagem de uma juventude contestadora. Esse período consolidou a estilista como figura central da contracultura, redefinindo a moda com referências a espartilhos, tachas, tartans e cortes assimétricos. A marca Vivienne Westwood ganhava, assim, um DNA audacioso, irreverente e criticamente engajado.
Nas décadas de 1980 e 1990, a casa Vivienne Westwood ampliou sua influência – sobretudo ao migrar do cenário alternativo para as passarelas de Paris e Londres, assinando desfiles icônicos repletos de irreverência. A estilista começou a explorar elementos históricos, como o tailleur vitoriano, e a mesclar com referências punk e renascentistas. Foi o período em que o icônico orb (uma orbe) se converteu num logo recorrente, simbolizando a fusão entre tradição e futurismo. Essa fase rendeu peças como o “mini-crini” (releitura do espartilho e da crinolina) e a clássica estampa de tartan da casa. Já no início dos anos 2000, Vivienne Westwood se consagrou como sinônimo de ironia e engajamento político, introduzindo coleções que discutiam sustentabilidade, alterações climáticas e debates sócio-culturais, levando a moda a um patamar de discurso provocador e, ao mesmo tempo, refinado.
Atualmente, a marca Vivienne Westwood abrange um extenso portfólio de linhas, que vão de alta-costura até coleções de bolsas, calçados e joias que carregam a tradicional orbe adornada de anéis. Suas peças combinam a estrutura clássica britânica com drapeados e releituras de uniformes, transformando cada desfile em manifesto e cada acessório em objeto de desejo. A estilista, falecida em 2022, deixou o legado vivo em diretores criativos que respeitam a filosofia de “active resistance” – com a moda servindo de plataforma para questionamentos e histórias. Assim, as boutiques de Londres a Tóquio exibem peças extravagantes, tecidos preciosos e, acima de tudo, a rebeldia inconfundível que só o ateliê Vivienne Westwood poderia oferecer.
Modelos dos Produtos Mais Icônicos da Marca
Corsets e Espartilhos Punk
Na fase inicial, os corsets foram resgatados de períodos históricos e repaginados com materiais e tachas que evocavam a rebeldia punk. Feitos em brocado, couro ou tartan, esses espartilhos surgem em desfiles enlaçados ao máximo, explorando a silhueta feminina num jogo de erotismo e poder. O fecho frontal ou traseiro, com ilhós metálicos, enfatiza a estética dramática e irreverente.
Acessórios com Orb
Um dos símbolos fortes da Vivienne Westwood é o orb, uma orbe que combina o globo terrestre com um anel saturniano, aludindo à coroa real e à conquista do futuro. Ele aparece em pingentes, anéis, brincos e clutches, geralmente feito em metais polidos e, por vezes, cravejado de cristais. Em colaborações sazonais, o orb pode surgir reinterpretado em formatos oversized ou minimal, mantendo o status de ícone cult.
Tartan e Tweed Repaginados
O uso do tartan – tecido escocês – e tweed – tradicional britânico – é presença constante. Vestidos drapeados, saias-manta e blazers com cortes angulosos surgem em padronagens xadrez. A brincadeira com cores vivas, laços exuberantes e pences em localizações inusitadas reforça a ideia de subverter a herança aristocrática em algo punk-chic. Assim, cada padrão de xadrez vira plataforma para experimentos ousados.
Modelos Mais Luxuosos e Edições Limitadas da Vivienne Westwood
Alta-Costura e Red Label
A maison apresenta coleções que roçam o haute couture, com vestidos de tafetá, sedas adamascadas e drapeados barrocos, lançados em desfiles que são quase espetáculos teatrais. Peças como os corsets luxuosos com bordados em pedrarias podem ser vendidas apenas por encomenda ou a clientes exclusivos, culminando em valores altíssimos. Já a linha Red Label aprofunda o lado irreverente, mas com design mais refinado.
Sapatos Rocking Horse e Collaborations
O célebre Rocking Horse – sapato de plataforma “saltadora” criado nos anos 1980 – sempre ressurge em coleções-cápsula, representando a audácia Westwood. Além disso, a marca colabora com selos de streetwear ou artistas plásticos, criando versões de botas, sneakers e sapatos “monstruosos” em tiragens diminutas, voltadas a quem coleciona itens experimentais e extravagantes.
Joias Orb Premium e Itens Solidários
Na joalheria, além das linhas regulares de orb em prata ou ouro, há edições premium que incluem diamantes, rubis e esmeraldas incrustadas no símbolo. Em alguns lançamentos, a grife já direcionou parte das vendas para projetos ambientais, reafirmando a postura ativista de Vivienne. Assim, a exclusividade anda de mãos dadas com a consciência social na alta-joalheria Westwood.
Conclusão
A Vivienne Westwood encarnou, desde os anos 1970, uma potência transformadora da moda, unindo a brutalidade do punk e o vanguardismo cultural a uma linguagem costureira profunda e sofisticada. Entre corsets ousados, tartans subvertidos e joias com orbes cintilantes, a marca construiu uma identidade provocativa, sempre reavaliando a história e os códigos de vestuário. Com o falecimento da própria estilista, seu legado crítico, ativista e artístico permanece vivo nos ateliês que mantêm a tradição da irreverência e das técnicas de alta-costura. Assim, a casa Westwood segue a desafiar normas estéticas, propondo um fashion manifesto que celebra a individualidade e a renovação constante.