
O Mercado de Luxo apresenta a Marca de Ciclismo Wilier Triestina: História Centenária, Paixão Italiana e Bicicletas Profissionais de Excelência
Wilier Triestina é uma marca de bicicletas profissionais que carrega um legado de mais de um século de audácia, conquistas esportivas e soluções técnicas inovadoras. Com raízes italianas profundas e nome apoiado na história de Trieste, a empresa emergiu do talento visionário de Pietro Dal Molin no início do século XX, atravessando guerras mundiais, triunfos em grandes voltas e renovações de gestão. Hoje, a Wilier Triestina simboliza o melhor da tradição do ciclismo italiano, ao mesmo tempo em que abraça os avanços tecnológicos que definem o esporte moderno.
Wilier Triestina: Surgimento, Donos e Crescimento até os Dias Atuais
A trajetória da Wilier remonta a 1906, quando Pietro Dal Molin, em Bassano del Grappa, começou a produzir “safety bicycles”, aproveitando a popularização do novo formato de rodas e pneus que se tornara viável após o declínio dos velocípedes. O nome “Wilier” teria origem inglesa, mas ganharia vida italiana sob o comando de Dal Molin. Na era pós-Primeira Guerra Mundial, a empresa—batizada então como Ciclomeccanica Dal Molin—investiu em novas instalações e processos fabris, impulsionados pela demanda de um país que via na bicicleta um meio de transporte rápido, econômico e versátil.
Após a Segunda Guerra, em 1945, a companhia adotou oficialmente a designação Wilier Triestina, incorporando ao seu distintivo a alusão a Trieste (“W l’Italia Libera e Redenta”) e o símbolo da cidade, a alabarda de São Sérgio. Foi um movimento de claro posicionamento político, defendendo a italianidade de Trieste. Já sob a liderança de Mario Dal Molin (filho de Pietro), a Wilier entrou decisivamente no mundo das competições, patrocinando equipes e corredores que enriqueceram o palmarés da marca nos principais cenários do ciclismo.
Entretanto, nas décadas seguintes, a expansão do automóvel e desafios econômicos levaram a empresa a vender suas instalações em 1952, interrompendo a produção por um período. O renascimento veio mais tarde, em 1969, quando os irmãos Gastaldello, empresários com longa experiência na indústria ciclista, readquiriram a lendária marca, transferindo-a para Rossano Veneto. Em meados dos anos 1990, após consolidar processos e linhas de fabricação, a Wilier Triestina voltou com vigor às competições profissionais, celebrando resultados expressivos ao lado de ciclistas e equipes de renome.
Atualmente, sob a gestão de Antonio, Enrico e Michele Gastaldello, e com um controle acionário parcial pelo fundo de investimento Pamoja Capital (desde 2020), a Wilier Triestina equilibra tradição histórica e ambições globais. Suas sedes em Rossano Veneto abraçam uma filosofia que mescla o requinte italiano em design, a paixão esportiva que remonta aos anos de Fiorenzo Magni e Marco Pantani, e a busca incessante por inovações tecnológicas.
Modalidades de Ciclismo e Principais Produtos Wilier Triestina
Estrada (Road)
Wilier Zero SLR: Concebida para competição e leveza, integra cabos e espigão de selim, aproveitando fibras de carbono de alto módulo, fazendo jus ao legado da marca na corrida.
Wilier Filante SLR: Bicicleta aero, priorizando aerodinâmica e rigidez torsional, destacada em provas de sprint e contrarrelógio.
Wilier GTR Team: Voltada a ciclistas que buscam performance com conforto, combinando geometria equilibrada e construção robusta.
Triathlon / TT
Wilier Turbine: Desenvolvida para triathlon de longa distância, unindo design aerodinâmico e soluções de hidratação embutidas, garantindo mínimo arrasto ao vento.
Gravel / Aventura
Wilier Jena: Quadro de fibra de carbono, apto a suportar pneus largos e suportes, ideal para rotas mistas, “bikepacking” e provas de gravel.
Mountain Bike (MTB)
Embora historicamente focada em estrada, a Wilier tem se empenhado em produzir MTB competitivas:
Wilier 101X: Hardtail XC, empregando carbono de alta resistência para reduzir peso e maximizar a potência em subidas.
Wilier Urta: Full suspension para Cross-Country (XCO), com geometria agressiva e amortecimento otimizado, criada para competir em alto nível.
E-Bikes
Wilier eAdventure: Linha elétrica para gravel e cicloturismo, integrando bateria e motor sem comprometer a estética italiana.
Wilier eRoad: Combina peso reduzido e motores compactos, permitindo expandir limites nas estradas.
Modelos Mais Icônicos da Marca
Wilier Triestina Ramata (década de 1940): Reconhecida pela pintura “cobre avermelhado” (ramato) e a alabarda de Trieste, eternizou a identidade patriótica da empresa.
Wilier Superleggera: Edição histórica que representou a escalada das tecnologias de cromagem e reduções de peso em frames de aço.
Wilier La Triestina: Uma continuação de sua herança, exibida em provas de longa distância, trazendo referências aos anos dourados do ciclismo italiano.
Wilier Cento1: Lançada no século XXI, combinando fibras de carbono e design italiano, colecionando vitórias em provas de estrada e sendo a preferida de diversos profissionais.
Campeonatos Ganhos com Suas Bicicletas
A Wilier foi protagonista em algumas das mais famosas provas:
Giro d’Italia (1948): Conquista do título geral por Fiorenzo Magni, com a Wilier Triestina dominando outras posições no top 10. Esta época dourada viu ainda nomes como Giordano Cottur e Giulio Bresci.
Tour de Flanders (1949 e 1950): Também com Magni, a marca marcou presença nas clássicas de paralelepípedos, reforçando a competitividade dos quadros de aço.
Tours de France (etapas, 1997): Marco Pantani (Mercatone Uno) pilotou uma Wilier amarela, cravando vitórias icônicas em Alpe d’Huez e Morzine, concluindo a prova em 3º geral.
Mundiais de Ciclismo: Antonio Bevilacqua (pista) e Alessandro Ballan (estrada) trouxeram medalhas, enaltecendo a tradição de Wilier em diferentes contextos competitivos.
Prêmios Ganhados e Marcos Históricos Feitos pela Marca
Década de 1940: Engajamento patriótico ao adotar “Triestina” no nome e a alabarda no símbolo, tornando-se um emblema da italianidade de Trieste.
1948: Triunfo retumbante no Giro d’Italia, com Magni campeão e parte do pódio dominada pela equipe Wilier.
1950: Amargamente, a Itália se retirou do Tour de France enquanto Magni liderava, deixando um sabor de “vitória virtual” para a Wilier.
1997: Marco Pantani, usando Wilier, obteve duas vitórias de etapas no Tour, reabrindo um ciclo de popularidade global para a marca.
2004: Davide Rebellin conquista a tríplice coroa nas Ardennes (Amstel Gold, Flèche Wallone, Liège-Bastogne-Liège) em selins Wilier.
2007/2008: Com a Lampre, Alessandro Ballan vence o Tour de Flanders (2007) e torna-se campeão mundial de estrada (2008), reforçando a glória da marca.
2011: Michele Scarponi vence o Giro d’Italia. Destaque também para os pontos vencidos por Alessandro Petacchi em 2010.
Parcerias com Team Astana: Jakob Fuglsang e Alexey Lutsenko deixam suas marcas em competições importantes, como Lombardía e etapas do Tour de France (2020).
Atletas de Alto Desempenho que Utilizam Suas Bicicletas
Fiorenzo Magni: Triunfou no Giro e nas clássicas do Norte, escrevendo capítulos lendários na história da Wilier.
Marco Pantani: Ao lado da Mercatone Uno em 1997, eternizou momentos de glória com sua Wilier amarela no Tour.
Alessandro Ballan: Venceu o Tour de Flanders e o Campeonato Mundial de Estrada, pilotando bikes Wilier.
Michele Scarponi: Título do Giro d’Italia em 2011, impulsionando a marca a mais vitórias nas grandes voltas.
Alexey Lutsenko / Jakob Fuglsang: Representaram a Astana em conquistas recentes, confirmando a competitividade Wilier Triestina em provas modernas.
Tecnologias Usadas pela Wilier na Produção
A Wilier investe em engenharia de materiais e processos refinados:
Carbono Avançado: Nos modelos topos de gama, a marca utiliza malhas de fibra de carbono de alto módulo, garantindo rigidez lateral, absorção de vibrações e peso reduzido.
Construção Integrada: Em bikes como a Zero SLR, prioriza passagem interna de cabos e soluções aerodinâmicas sem sacrificar a estética.
Geometria de Competição: Moldada para transferir máxima potência ao pedal e estabilidade em altas velocidades, equilibrando conforto e agressividade.
Soluções e-Bike: Motores compactos e baterias embutidas (eAdventure, eRoad), aproximando a tecnologia elétrica a um design italiano elegante.
Conclusão
A Wilier Triestina, surgida em 1906 nas oficinas de Pietro Dal Molin em Bassano del Grappa, é um ícone do ciclismo profissional e da paixão italiana. Dos tempos em que defendia a italianidade de Trieste na disputa pós-guerra, adotando a alabarda como símbolo, até as conquistas épicas de Fiorenzo Magni, Marco Pantani e Michele Scarponi, a marca nunca deixou de honrar seu lema de buscar o melhor da tecnologia e do design. Inovações em quadros de aço, titânio e, posteriormente, fibra de carbono, tornaram possível a fusão de tradição e modernidade, fazendo com que o vermelho-cobre (ramato) de Wilier se tornasse sinônimo de herança e vanguarda. Atualmente, sustentada pelos irmãos Gastaldello, a Wilier permanece firme no cenário global, patrocinando equipes e desenvolvendo novas gerações de bikes para estrada, MTB, gravel e e-bikes. Sua história é um tributo à capacidade do ciclismo de encantar gerações e de transformar visões patrióticas em inovações que cruzam fronteiras.